quinta-feira, 25 de abril de 2013

Se fosse só sentir saudade...

Angra dos Reis. Renato Russo. Sempre deliciosamente deprimente.

'Se fosse só sentir saudade...mas tem sempre algo mais, seja como for...
É uma dor que dói no peito...'

Hoje o dia foi bem cheio de coisas, visitas, projeções, trabalhos...
Tenho ocupado meus dias dessa forma. Ainda bem.
Porque não sou hipócrita a ponto de negar sentir uma saudade cretina em muitos momentos do dia. E da noite. E da madrugada.
É inevitável deitar pra dormir, acordar durante a noite, olhar pro lado, e não pensar.
É inevitável fingir que não teve significado. Que foi um nada qualquer, sem importância, a ponto de ter sido deixado 'pra lá' e ponto.
É ridículo pensar assim.
É pequeno.
Não é o que sempre pareceu ser.
E se em muitos momentos eu parecer grosseira ou aparentemente revoltada, é só a minha indignação de ter me enganado tanto com alguém por quem senti amor.



terça-feira, 23 de abril de 2013

O valor do amor

O amor é uma coisa que pode ser bonita. E pode ser feia também.
Se ele alegra, colore, anima, é bonito.
Quando machuca, fere, é feio.
Mas somos nós quem deixamos isso ou aquilo acontecer.
Permitimos que pessoas entrem em nossas vidas, tomem conta de um espaço nosso, pratiquem seus hábitos, dividam seus costumes e visões.
Deixamos que sintam-se tão à vontade a ponto de medirmos cada ação que praticamos, cada palavra dita, cada detalhe.
E com isso, vamos perdendo o nosso próprio espaço, o nosso eu, que já é tão pequeno!
E quando se rompe esse "amor", seja por qual motivo ou força maior for, rompemos junto.
Partimos em pedaços, quebramos em cacos, e sentimos uma dor que nem deveria existir.
Porque nunca deveríamos ter deixado de existir em nosso próprio espaço.
Mas deixamos.
E quando damos conta da bobagem que fizemos, repensamos cada minuto da história, que teve sim, pedaços bonitos, mas que na verdade não passaram de faz de conta.
E seguimos dia após dia, limpando a sujeira, secando as lágrimas, engolindo as letras que se desarranjaram em algum lugar da vida, colando os pedaços.
E quando menos esperamos, conseguimos enxergar novamente o dia claro, com sol, seja lá fora ou aqui dentro, do nosso mais precioso espaço: nós mesmos.

Hoje estou sentindo um sol dentro de mim. Eu mesma desenhei e colori.




quinta-feira, 18 de abril de 2013

E se eu deixar pra lá...

Seria fácil desistir, talvez.
Mas definitivamente, não sou assim.
Sou taurina, sou teimosa.
Dona das minhas certezas, das minhas teorias, absolutamente crente dos meus princípios e ideais.
Quando eu quero uma coisa, vou até o fim.
Mesmo que o fim seja uma porrada bem dada na minha própria cara.
Não me importo.
Já escrevi, aqui mesmo, que quando me quebro em cacos, sou forte, mais forte do que penso e do que imaginam, me levanto, recolho tudo, colo com cola bem resistente, e começo tudo de novo...

Porque pra mim, a vida é isso.
Um diário tentar.
Escrever, apagar, corrigir, escrever de novo.
Recomeçar.
As velhas histórias, com ajustes necessários, ou começar histórias novas.
Essa parte, pra mim, sempre é um tanto mais difícil, mas não impossível.
Quando coloco alguma coisa ou alguém dentro de mim, coloco com tanta intensidade e força que, pra sair, tirar na marra, é complicado.
Mas consigo.
Quando quero.

Eu só esperava um pouco mais de atitude.
Um pouco mais de clareza.
Um tanto mais de delicadeza.



quarta-feira, 17 de abril de 2013

Essa é única chance...

Essa é a única chance...

Essa vida é a única chance que temos para encontrar a tal felicidade. Ou os momentos de felicidade.
Os fragmentos de coisas felizes e legais dessa existência.

Ontem já foi, o amanhã não sabemos se chegará...
O que temos, sempre, é o hoje. Agora, já.

Por que vou perder a chance de dizer pra alguém que gosto tanto, se não sei o que vem depois?
Por que vou medir palavras, ter medo de escancarar isso tudo?
Medo de ouvir alguma coisa ruim? Medo de não escutar aquilo que se espera?
Já não temos o "não"? Então temos também 50% de chance, ao menos, de ter um SIM. Bem bonito, colorido e radiante, diante de nós...

Nossa nota de partida, sempre, já é 50%.

Correr em direção aos outros 50% é questão de decisão.
E eu decido correr o risco.


terça-feira, 16 de abril de 2013

Por quê o medo?

Por quê o medo de gostar? Por quê o medo de se permitir?
Viver medindo tudo que faz, as ações, as vontades, até mesmo os pensamentos?
Por quê temos essa mania idiota e infeliz de nos privar da alegria, da delicadeza e da felicidade, mesmo que em pílulas diárias, semanais ou mensais?
Por quê justificar coisas mal ditas, mal feitas, mal resolvidas? Por quê deixar coisas mal resolvidas?
Por quê tantos por quês diante de uma vida que já começa sem explicação?

A vida é todo dia, é cada dia. É um presente a cada amanhecer, uma folha em branco, como dizem, para que possamos escrever uma nova história, fazer um novo desenho, usar novas cores...
Usar a caixa toda dos 48 lápis de cor, daquelas caixas que sempre gostamos de comprar quando éramos crianças... Éramos crianças? Por que não podemos ser crianças para sempre?
Por que temos que crescer e ter atitudes doloridas diante da vida, essa mesma vida que deveria ser alegre, leve e colorida?

Por que é que a gente precisa sofrer de amor?

Sentir uma dor que não deveria existir, porque se é amor, é bonito.
Se é amor, é pra sentir, pra permitir, pra se permitir.
Se é amor, é pra agir, pra dividir, compartilhar...
Se é amor, é pra ser intenso, pra ser inteiro, pra ser tudo enquanto for...

Se existe distância, vamos aproximar.
Se existe dúvida, vamos esclarecer.
Se existe diferença, vamos neutralizar.
Se existe medo, vamos jogar no lixo, queimar como aquela lista de coisas ruins que escrevemos no último dia do ano, e queimamos sem dó.

Eu não duvido do que sinto.
Não duvido do que quero.
Nem imagino minha vida sem você.
Na verdade, não imaginei minha vida com você, cheguei a não querer, a nem crer.
Achei que era só diversão, e achei por tão pouco tempo. Horas depois de você entrar sem bater, a ficha caiu de uma maneira tão absoluta que a única coisa que podia fazer era abrir minha vida como um livro, te contar todas as histórias sem medo, todas as histórias que eu já havia lido e escrito.
E eram tantas, e tão inteiras, e tão complexas...

Mas eu não imaginava, nem por um minuto, ficar sem você no meu livro.
Nem por um dia, ficar sem você nos meus pensamentos, nos meus planos a curto prazo, porque um dia prometi a mim mesma que nunca mais faria planos longos...

Hoje, tantos dias distantes depois, peço ininterruptamente aos céus que me tragam você pra perto. Que me deixem te ver e sentir, que nos permitam encontrar o caminho, desde o ponto em que nos perdemos, sem querer...

Eu quero você na minha vida. E não posso ter medo de escrever e desejar essa história.