terça-feira, 16 de abril de 2013

Por quê o medo?

Por quê o medo de gostar? Por quê o medo de se permitir?
Viver medindo tudo que faz, as ações, as vontades, até mesmo os pensamentos?
Por quê temos essa mania idiota e infeliz de nos privar da alegria, da delicadeza e da felicidade, mesmo que em pílulas diárias, semanais ou mensais?
Por quê justificar coisas mal ditas, mal feitas, mal resolvidas? Por quê deixar coisas mal resolvidas?
Por quê tantos por quês diante de uma vida que já começa sem explicação?

A vida é todo dia, é cada dia. É um presente a cada amanhecer, uma folha em branco, como dizem, para que possamos escrever uma nova história, fazer um novo desenho, usar novas cores...
Usar a caixa toda dos 48 lápis de cor, daquelas caixas que sempre gostamos de comprar quando éramos crianças... Éramos crianças? Por que não podemos ser crianças para sempre?
Por que temos que crescer e ter atitudes doloridas diante da vida, essa mesma vida que deveria ser alegre, leve e colorida?

Por que é que a gente precisa sofrer de amor?

Sentir uma dor que não deveria existir, porque se é amor, é bonito.
Se é amor, é pra sentir, pra permitir, pra se permitir.
Se é amor, é pra agir, pra dividir, compartilhar...
Se é amor, é pra ser intenso, pra ser inteiro, pra ser tudo enquanto for...

Se existe distância, vamos aproximar.
Se existe dúvida, vamos esclarecer.
Se existe diferença, vamos neutralizar.
Se existe medo, vamos jogar no lixo, queimar como aquela lista de coisas ruins que escrevemos no último dia do ano, e queimamos sem dó.

Eu não duvido do que sinto.
Não duvido do que quero.
Nem imagino minha vida sem você.
Na verdade, não imaginei minha vida com você, cheguei a não querer, a nem crer.
Achei que era só diversão, e achei por tão pouco tempo. Horas depois de você entrar sem bater, a ficha caiu de uma maneira tão absoluta que a única coisa que podia fazer era abrir minha vida como um livro, te contar todas as histórias sem medo, todas as histórias que eu já havia lido e escrito.
E eram tantas, e tão inteiras, e tão complexas...

Mas eu não imaginava, nem por um minuto, ficar sem você no meu livro.
Nem por um dia, ficar sem você nos meus pensamentos, nos meus planos a curto prazo, porque um dia prometi a mim mesma que nunca mais faria planos longos...

Hoje, tantos dias distantes depois, peço ininterruptamente aos céus que me tragam você pra perto. Que me deixem te ver e sentir, que nos permitam encontrar o caminho, desde o ponto em que nos perdemos, sem querer...

Eu quero você na minha vida. E não posso ter medo de escrever e desejar essa história.

Nenhum comentário:

Postar um comentário